Semana do Escritor Obidense

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A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, realizou na manhã desta segunda-feira (08), no auditório da Escola Estadual de Ensino Médio Maurício Hamoy, a palestra da Semana do Escritor Obidense, com o Professor Carlos Vieira e contou com a participação dos alunos do educandário.

A palestra foi dedicada ao ilustre escritor obidense José Veríssimo, que dedicou sua vida para a literatura brasileira.

José Veríssimo Dias de Matos nascido em Óbidos, na então província do Grão-Pará, filho de José Veríssimo de Matos e Ana Flora Dias de Matos, estudou as primeiras letras em Manaus e Belém. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1869, para continuar os estudos, mas, adoecendo, retorna ao estado natal, foi um escritor, educador, jornalista e estudioso da literatura brasileira, membro e principal idealizador da Academia Brasileira de Letras.

Em Belém colaborou em jornais, além de exercer o magistério. O ano de 1880 foi um marco em sua vida: viajando pela Europa, tomou parte do Congresso Literário Internacional, em Lisboa. Em outra viagem ao Continente europeu, em 1890, profere palestras onde fala da civilização marajoara e das riquezas da Amazônia.

Foi, em 1891, diretor de instrução do Pará (cargo hoje equivalente a Secretário de Educação). Neste ano volta ao Rio, onde leciona na Escola Normal e no atual Colégio Pedro II, do qual foi diretor.

Intensifica seus estudos sobre a literatura brasileira, republicando a Revista Brasileira – órgão que reunia o melhor das letras no país – e em cuja sede passaram a reunir-se os intelectuais que formaram o núcleo fundador da Academia Brasileira: Lúcio de Mendonça, Machado de Assis (de quem foi grande amigo e defensor), Visconde de Taunay, etc.

Afiliado ao Naturalismo, foi um dos expoentes na crítica literária e na historiografia das letras no Brasil. Como educador, teceu importantes análises sobre os problemas do sistema educacional do país na jovem República, herdeira de problemas como a recente escravidão, e tantos outros.

Veríssimo foi mais que um fundador do Silogeu brasileiro: talvez mesmo seu próprio idealizador, ao lado de Lúcio de Mendonça. A todas as reuniões preparatórias fez-se presente e um dos seus mais assíduos membros. Ele defendia uma academia voltada exclusivamente à literatura – e por seus pares haverem eleito um não-escritor (o político Lauro Müller), afasta-se de forma definitiva em 1912 desta Casa pela qual tanto lutara.

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